imagens

as imagens mostradas aqui são cacos colhidos, na sua grande maioria, de sites da internet. existem cacos colhidos ao acaso, que posso ter deixado de mencionar onde os colhi, tal minha ignorância ou encantamento. desculpem por isso. algumas imagens são minhas, do meu imenso baú de memórias...







terça-feira, 28 de setembro de 2010





"Eu nunca me livrei do sentimento de precisar ficar com ele.
De sonhar com ele.
Ainda não me livrei da vontade de
alguma forma
poder abraça-lo novamente."

(E.R. episódio 7 da 15ª temporada - personagem dra. Cate Banfied)

domingo, 26 de setembro de 2010








Quem só acredita no visível
tem um mundo muito pequeno.

Caio F.



Então, de todo amor não terminado seremos pagos em inumeráveis noites de estrelas. Ressuscita-me, nem que seja só porque te esperava como um poeta, repelindo o absurdo quotidiano! Ressuscita-me, nem que seja só por isso! Ressuscita-me! Quero viver até o fim o que me cabe!

Vladimir Maiakóvski

que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem






“Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem … Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama teu Sol mais luminoso.”

Caio F.

sábado, 25 de setembro de 2010

vem que eu te quero meu





...
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus...

chico buarque

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

quando penso em você

em que espelho ficou perdida a minha face?




Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te, como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor, a sangue e fogo.

Pablo Neruda

abandono




Por tudo o que me deste,
inquietação, cuidado
um pouco de ternura,
é certo,
mas tão pouca
Noites de insônia
pelas ruas como louca
obrigada.
Obrigada
Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui...

Florbela Espanca CAnção Grata (adaptação - com licença poética)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

essa eterna e incessante espera




E enquanto os dias forem meus,
serei essa eterna espera.
Lua que vê o sol distante,
na esperança constante
do encaixe perfeito.



(Patty Vicensotti)

a velha dor acordou, de novo, outra e outra vez...





Anos mais tarde,
o som de uma voz que lembrava a tua,
uma fotografia encontrada por acaso,
o teu nome pronunciado por pessoas que não sabem,
e a velha dor acorda,
a despeito de todos os esforços
que eu tenha feito para esquecer…



Marie-Claire Pauwels

domingo, 12 de setembro de 2010




Não aprendi a colher a flor
sem esfacelar as pétalas.
Falta-me o dedo menino
de quem costura desfiladeiros.

Criança, eu sabia
suspender o tempo,
soterrar abismos
e nomear as estrelas.
Cresci,
perdi pontes,
esqueci sortilégios.

Careço da habilidade da onda,
hei-de aprender a carícia da brisa.

Trémula, a haste
me pede
o adiar da noite.

Em véspera da dádiva,
a faca me recorda, no gume do beijo,
a aresta do adeus.

Não, não aprenderei
nunca a decepar flores.

Quem sabe, um dia,
eu, em mim, colha um jardim?

mia couto





dentro da noite
abraçada a minha solidão
contorno com a pontas dos dedos
as minhas cicatrizes
e ela sempre formam seu nome

inez generoso

quinta-feira, 9 de setembro de 2010





Grande parte do meu choro é de alegria e assombro. Não de dor. O lamento de um trompete, o hálito morno do vento, o som da sineta de uma ovelha errante, a fumaça de uma vela que acabou de se extinguir, a primeira luz da manhã, o crepúsculo, a claridade da lareira. Belezas cotidianas. Eu choro pela embriaguez da vida. E tavez, só um pouquinho, pela rapidez com que ela passa.


Marlena de Blasi (in Mil Dias em Veneza)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010




Meu espírito - que é o alento de Deus em mim - te deseja
pra fazer não sei o que com você.
Não é beijar, nem abraçar, muito menos casar
e ter um monte de filhos.
Quero você na minha frente, extático
- Francisco e o Serafim, abrasados -,
e eu para todo o sempre
olhando, olhando, olhando...

Adélia Prado

domingo, 5 de setembro de 2010




Sonhei ter sonhado
Que havia sonhado.
Em sonho lembrei-me
De um sonho passado:
O de ter sonhado
Que estava sonhando.
Sonhei ter sonhado...
Ter sonhado o quê ?
Que havia sonhado
Estar com você.
Estar? Ter estado.
Que é tempo passado.
Um sonho presente
Um dia sonhei.
Chorei de repente
Pois, vi, despertado,
Que tinha sonhado. .

(Manuel Bandeira)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DESENCONTRO





A sua lembrança me dói tanto
Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual

Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final


chico buarque



(...)que paisagens

enchem teus olhos de agora,

e este intervalo na vida,

esta tua larga, triste,

definitiva demora.


Cecília Meireles